Ainda a Barbie

Olá. E que tenho mais para dizer relacionado com a Barbie?

 Fruto do meu imaginário de criança, brincava aos "escritórios", com as guias de remessa e outros documentos que o meu pai deixava por casa, em jovem adulta lutei por conseguir tirar um curso superior (não era suposto dadas as minhas origens, mas parece que, o agora badalado elevador social, funcionou). Queria um lugar nos cargos importantes de empresas grandes e também não tão grandes, cargos que em gerações anteriores à minha estavam “cativos” para os homens.

Não queria costurar, como a minha mãe, ofício que ela desempenhava juntamente com a lida doméstica, fazendo-o com dedicação e diligência, ambos em casa. Muito menos queria seguir o ofício do meu pai, na construção civil (nas obras)😅😅😅.

Sucede que por isso nem  sei coser à máquina, ainda apanho mais depressa os dedos que a peça de roupa a coser. Era o preconceito e também o querer romper com tarefas que a meu ver eram menos dignificantes😞, provando a mim e aos outros que conseguia. 

Não sei se há uma Barbie  executiva ou contabilista/ financeira, mas se houvesse, essa eu ia querer ser. Quanto aos cargos, fui o que me propus ser, com disciplina e esforço, confesso, privando-me de outras coisas que nesse período não podia fazer. E hoje sou o que quero, escolha consciente que fiz dentro daquilo que me foi permitido optar, sendo que é lícito dizer que faltou o apoio familiar que podia existir, mas não existiu.

 Queria tirar a carta de condução e ter um automóvel meu. E tirei, e comprei, e senti-me capaz, feliz e livre. 

Meu Deus que sonho, consegui! Que sensação tão boa.

Senti que as oportunidades existiam, mesmo para alguém que viveu grande parte da infância a saber que não podia ter coisas que queria, pois os meus pais não podiam comprar. Nem chegava a pedir quando gostava de alguma coisa. Ficava só triste a contemplar. Essas emoções não me marcaram negativamente, simplesmente compreendia e percebia a dificuldade que os meus pais viviam.

Falando em emoções e em empatia, esta semana vi os filmes "Divertida Mente 1" e "I am  Celine Dion". 

Fui com o Ricardo e os miúdos ao Festival de Vilar de Mouros. E claro está, o resto foi só vida de Barbie.

Espreitem as fotos:

















Segunda e terça foi fazer a limpeza semanal. Depois, que se faz: é colher no quintal o que plantamos, é  decidir o que se vai cozinhar, e cozinhar, é pôr a roupa a lavar, é colocar a secar, é apanhar roupa seca e engomar ( é que é raro o dia que não lavo roupa, estendo e vou engomar!!!Santo Deus! Mas acumular é pior.), é ajudar a tratar do jardim e regar (e ainda lavámos estores e o pátio, mas não fiz registo fotográfico). Os miúdos estão encarregues neste verão de fazer as camas (e fazem a nossa também, que amores; este ano já temos melhorias), colocam a mesa e ajudam por vezes a cozinhar, arrumar a loiça e a cozinha.
Como se vê, estão-me entregues só trabalhos dignificantes, próprios de altos cargos executivos, como imaginei .
Na semana que agora vai começar prevejo ver os filmes "Divertida Mente 2" e o "Pai", mas claro, irei ainda dizer-vos o que achei dos filmes desta semana, como os relaciono ou como impactam nas minhas vivências, se me identifico e se me inspiram, porque aprender, aprendo sempre.

Ah, ia-me esquecendo, terminei de ler o livro: 

Depois de umas idas à praia e a banhos ( foi mesmo!!! uma onda veio ter conosco 😊) sempre terminei, ainda este Verão.

E é assim que a Dani tenta fazer a sua catarse, neste 2024 que se tem revelado... diabólico, talvez seja a palavra!!!




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