"Desejo Vivamente". Votos: o que escrevemos ou dizemos nos casamentos, batizados, aniversários, por altura da gravidez e nascimento de bebé e significam isso, desejo vivamente!
Olá.
A semana que passou foi de duras penas!!
A minha sanidade mental foi posta à prova, como tem sido uma constante, mas quem tem a razão do seu lado, recompõe-se.
Sou vítima de tentativas de assassinato de caráter há pelo menos 11 anos. O que de resto, este ser de quem tenho vindo a falar, com seus vários cérebros, fez a outras pessoas que chegaram à sua família, por afinidade. Quem chega, ou lhes apara o jogo, e fica tudo bem, ou acontece isto: deturpam a realidade e acabam por rotular as pessoas de mentirosas e sei lá de que mais.
Vou ao chão, mas levanto-me as vezes que forem precisas, luto, pela minha dignidade. Contudo, estou a ficar exausta.
Tanta perversidade e ignorância juntas!! Já imaginava alguma, mas conseguiram surpreender-me. Desde acusações sobre não atender a campainha (se não estou à espera de visitas, assumo que podem ter-se enganado a tocar, existem dois botões; mais, não seria a primeira vez que dizia pelo intercomunicador que não recebia pessoas a quem não tinha convidado), falarem em termos como usucapião!!!, houve de tudo. Mas como o que depreendi é tão, tão, tão mau, nem vou sequer me debruçar sobre... ficará para daqui a uns anos, quando já se tiverem percebido as intenções.
Há uma pessoa, a mesma do post anterior, que diz "não sei o mal que lhe fiz", ( a mim) mas se for confrontada com esse "mal" vai, primeiro: chorar baba e ranho; segundo: dizer "é mentira é mentira", e ainda: "eu é que tenho a culpa?". Não tem estrutura psicológica para aguentar e ouvir o que quer que seja, por isso não pode haver confronto.
Eu também já não tenho estofo emocional para confrontos. Estou aqui a recompor-me e a deixar a minha verdade (a quem a merece), demore os anos que demorar, até lhes chegar. Chegará a altura de lhes revelar o link que lhes vai dar acesso à história de relacionamento com os parentes, com os quais não convivem plenamente. Para me recompor não quero colocar ninguém "doente" ou "mais doente", não é essa a intenção.
Mas esta pessoa quer expor-me "persegue-me", vai atrás de nós, da minha família, a querer mostrar-se perto, evidenciando que há problemas, com um ar carregado e triste. Quer fazer pressão psicológica, e a todos acaba por expor. Portanto, parece-me que não há problemas com exposição, se ela é a primeira a ter essa conduta perante a comunidade. Tem-no feito desde sempre.
Se fossem os meninos que lhe pedissem de forma espontânea para ela aparecer nos sítios onde estamos, se fizessem muito gosto nisso, eu também não me importava. Neste caso, é uma espécie de cerco, uma imposição da sua presença, sabendo que é persona non grata na minha vida. Se o local é público, é. Se quer vexame, pois seja... Este também é.
Aqui, no mini condomínio, espreita-me, coloca-se atrás de mim a mirar-me de cima do seu palanque, imóvel, que nem uma assombração. Ela está atrás de um objetivo, esteve, agora já mudou de ideias. É assim, inconstante.
Fez pressão ao meu Dinis, desde o princípio do ano, e definiu com ele um objetivo: que a mãe volte a falar com essa pessoa até ao fim de 2024, numa clara manipulação emocional de um menino de 9 anos.
Por norma, iria ignorar o pedido, mas como não posso explicar, por agora, à criança, o que nos trouxe até aqui, (vou deixando cair aqui e ali uma ou outra coisa sobre a pessoa, caramba sou humana), lá prometi à minha cria que ia tentar.
E no seu nono aniversário, apesar de detestar que a pessoa instrumentalize e manipule os meus filhos em benefício próprio, (fez ao seu filho, mas não vai fazer aos meus), verbalizei duas palavrinhas: dei boa tarde a essa pessoa, e fiz questão de dar um BOA TARDE "visível" aos olhinhos do Dinis e demais presentes, num indício claro que ia deixar de a ignorar (passei a ignorá-la há uns anos, numa tentativa de evitar conflitos e por repulsa).
O cumprimento, não o fiz por essa pessoa, fique claro, mas pela criança!
Na 1.ª Comunhão do menino, em maio, voltei a cumprimentar e a trocar umas parcas palavras com esta pessoa, só, tentando dar nota que nunca passaria disso, parcas palavras. Há coisas que são irremediáveis, e esta é uma delas. Há caminhos que se tomam e que não têm volta. Diz sabiamente o povo: para o que não há remédio, remediado está. A pessoa só tem que aceitar e seguir caminho, não cercar-me e fazer pressão.
Sucede que entretanto arranjou mais uma confusão com a pessoa com que é casada e mistura casamento com família. Nunca separou as coisas, e pensa que pelos problemas dela, pode "decapitar cabeças" da árvore genealógica dos meus filhos, e do seu filho. Não aguenta que o filho seja cuidador do seu progenitor. Que será isto? Inveja, ciúme? Não sei.
Percebe que não estou do seu lado nesta contenda, e volta novamente a virar-me a cara e a deixar de me falar (quando a comecei a ignorar já foi assim, virava a cara para o chão para não me falar e se o Ricardo estivesse presente queria falar para mim, como se nada fosse; Eu ficava irada, e não perdoava, denunciava-a logo).
E agora que vou eu dizer ao Dinis? Que não cumpri a promessa? A verdade, sobre o que se passa num casamento que não é o meu? Não posso, é muito pequeno... Se ele me chateia muito? (é um menino que não larga até conseguir o que quer, ou está prometido) Vou dizer-lhe para perguntar a essa pessoa o que se passou... só posso ir por aí! E depois... dá confusão!
Livros: o mesmo; páginas lidas: 0
Filmes: filme não editado do batizado do Dinis, onde pude comprovar que uma pessoa passa a vida a interferir na vida da outra (exerce um ascendente, que é algo por demais). Vou sempre recordar a frase imperativa, que já era uma constante em festas da família, desde 2015, pelo menos:
"S.( nome pelo qual trata a pessoa de quem falo)- Olha as costas!" uma das cabeças daquele ser, não queria os meus filhos por perto nas festas, sempre a fazer de polícia. Devia pensar que éramos nós, os pais, que os mandávamos para o pé dela (para nós estarmos à vontade, a gozar a festa, sei lá). Nunca entendi, verdadeiramente. Eu ouvia assim: S., quem os pariu que os lamba! Era assim que interpretava aquele comentário. Não encontro, ainda, outra explicação.
No seu batizado, o Dinis ao sair de casa muito chorou porque queria a pessoa!!! Mas como eu ouvi a ordem "olha as costas!!!" quando lhe pegou ao colo, (está registado no vídeo), já não deixei que a S. pegasse a criança, e pedi que se afastasse para que os fotógrafos continuassem o seu trabalho. E aquilo gerou uma situação horripilante, decadente, mesmo. A criança chorava cheia de sono, queria que alguém a "salvasse da sessão de fotos" e a levasse a brincar (tínhamos lhe dito lá em cima no quarto que ia descer para brincar e, continuamos a tirar fotos). E a pessoa que ele queria, que lhe fazia sempre as vontades, estava a rejeitá-lo, estavam a mandá-la embora. O menino só acalmou quando, acabada a sessão fotográfica, lhe troquei de roupa e o deixamos brincar. Nunca usou chupeta, por isso tinha que chorar. A mãe, foi criticada por a criança estar a chorar: "coitadinha da criança, a mãe é má!", murmuravam.
Quando houve casamentos da minha família ou de amigos sempre levamos os miúdos. Nunca em altura nenhuma os fui levar a casa de quem fosse, a meio de uma festa ou casamento, porque já não os podia aturar. Isso ouvi em festas do lado do Ricardo: "não te posso aturar, vais pra a casa de não sei quem", não estou com isto dizer que eram família dele direta.
Recordando o casamento da minha prima Gininha, eu estava grávida do Dinis, e levamos o Martim, com 15 meses!! Levámo-lo! Se foi difícil, foi. Toda a gente quer gozar as festas: tirar selfies, beber, dançar, a partir de uma altura praticamente ninguém nos ajudou. Aí, nesse casamento, eu é que andava com dores nas costas, que não podia, com um filho na barriga e outro que só queria colo! Mas o filho é meu, e levei-o.
Depois de, no verão deste mesmo ano de 2014, esta pessoa que pensa com cinco cabeças, ter ficado deprimida por passar o agosto em casa e não ir de férias (ficou a tomar a tomar conta do neto porque eu arranjei novo emprego nessa altura), eu ia pedir-lhe alguma coisa Tinha ficado com ele na despedida de solteira desta noiva e não gostei, não era ajuda genuína e sincera. Se foi como foi, porque precisei de ajuda para ir trabalhar, imagino os comentários, quando foi para me divertir. Era claro que o íamos levar. Mas o detalhe conto noutro post mais à frente.
Vi ainda metade do filme Velocidade Furiosa X com o Ricardo. Ele já tinha visto com o Martim nas férias, mas como é amante da saga, viu novamente.
Tivemos cá os primos, em mais um sábado de brincadeira, e para distrair e oxigenar o cérebro, no domingo de tarde fomos caminhar perto de casa, e os meninos aproveitaram para levar as bicicletas.
Continuando a contar a nossa história passada, que é o meu propósito neste blog...
Os anos seguintes a 2006 e até 2010 não foram de grande desgaste nas relações familiares, mas ambos os casamentos, dos habitantes do pequeno condomínio fechado, tinham alguma turbulência.
Para organizar a dinâmica familiar, eu comecei por dizer ao Ricardo que não cozinhava aos domingos, que o jantar era nos meus pais( era assim com a minha irmã que já estava casada e comigo ia ser igual), ele que tratasse do almoço(logo nas primeiras semanas após a lua de mel), Aconteceu na frente da pessoa de quem venho a falar. E a pessoa lá acusou o toque, e disse que almoçávamos em casa dela, então. A iniciativa partiu de mim. E é isto que quero frisar.
Nestes almoços, de vez em quando, e noutras ocasiões, a pessoa tinha atitudes estranhas, infantilizadas, como já disse, e eu ficava com vergonha alheia (para memória futura: cena na cabeleireira onde me quis levar para esticar o cabelo, num fim de semana, e reclamou do preço; ou num 1º domingo do mês de maio, em que o filho visita a pessoa, mas esta fica toda chateada porque não tem presente para ela - o importante era o presente? ou era a visita do filho?; também ficava aparvalhada com o sindicalismo desinformado que demonstrava - o que eu lia nas entrelinhas era: eu tenho direitos, direitos, direitos, obrigações logo se vê).
Em 2007 o Ricardo foi operado ao joelho direito (já se queixava há alguns tempo) até tinha deixado de jogar futebol aos domingos de manhã. Recupera, fica completamente bom, e volta a jogar. Problema: Eu detestei!!!
Mas eu detestar, não era por birrinha. E explico: trabalhávamos os dois segunda a sexta-feira viemos morar para uma casa grande demais para a família que tínhamos ( éramos dois ainda) com espaço lá fora também grande demais. Ele não era ( e não mudou muito, mas temos melhorias) muito diligente nas tarefas domésticas, nem com jardim ou quintal. Rotinas de ajudar nas lides domésticas: zero. Eu sabia que ele ajudava quando era preciso tirar cortinados e voltar a por, lavar persianas e tal. Mas isso eram tarefas que se faziam anualmente, quando muito, para as valentes, duas vezes ao ano.
O trabalho doméstico semanal era sempre motivo de mau estar e amuos de ambos, que chegavam à semana seguinte .Porquê? Porque se colava em frente à Tv quando já estava farto daquilo. E eu lá tinha que continuar sozinha, se não acabasse ao sábado, ainda tinha que continuar ao domingo.
A acrescentar a isto vem o futebol ao domingo de manhã. Era pior que uma beata que não falta à missa. Voltou a poder jogar, não havia domingo que faltasse. Antes das 8h00 da manhã já estava porta fora, regressava depois das 13h00. Ora o que faltava de vontade nos trabalhos domésticos, sobrava na vontade de jogar futebol. Mesmo que lhe pedisse. "Amanhã não vás, ficamos na cama até mais tarde", nunca deu frutos, nunca acedeu a um pedido! Um domingo, sabendo que ela ia jogar em Ferreiros, aqui super perto, lá me aventuro a ir ver o jogo. Mas ele ficou super constrangido e acanhado. Nem à minha beira veio, fez-me uma careta com a língua e lá ficou na vidinha dele. No fim do jogo, a mesma coisa. Ou seja, fui meter-me numa coisa de "gajos", fui invadir o espaço dele e ele não gostou, (sentiu-se controlado e se calhar foi gozado, sei lá), nem eu. Jurei que nunca mais.
Só não estávamos amuados no verão quando os jogos paravam, de resto era isto, parecíamos os hamsters na roda. Para chateá-lo, dizia que não ia aos "lá acima" almoçar, mas fui sempre, pelo menos não foi por este motivo que deixei de ir, já uns anos mais tarde.
Chegados "lá acima" íamos muitas vezes ouvir lamentos de um outro casamento, e indiretas para o cônjuge da pessoa de quem falo, ao que o Ricardo respondia: "se continuas a aproveitar que estamos aqui para mandar bocas, deixamos de vir". Nestes almoços sempre estranhei que um dos anfitriões saísse para visitar os seus familiares, mesmo que nós ainda ficássemos a conversar cá por fora. Um anfitrião, salvo motivo de força maior não vai embora e deixa os "convidados" em casa. Ou seja, isto nunca foi celebrar a família à mesa. No próximo post já vos defino afinal o que eram estes almoços.
E lá íamos, andando e indo, altos e baixos, na vida dos "de cima e dos de baixo". Até que uma dia, devia ser uma sexta-feira, (a pessoa trabalhava num turno e saía muito cedo; deitava-se também bem mais cedo que nós, praticamente quando nós estávamos a regressar a casa) vem pedir-nos opinião sobre o orçamento mensal da sua casa. Aahhhh??!!! Olhamos os dois um para o outro... Diz que pediu mais dinheiro ao cônjuge para governar a casa e este não acedeu, deixou no sítio de costume, o mesmo valor.
A pessoa queria então que nós lhe disséssemos se devia pegar ou não no dinheiro!!! Não era nada comigo pelo que o Ricardo disse-lhe que a decisão era dela, que fizesse o que achava melhor (não sei até hoje porque nos queria enrodilhar naquela situação). Não pegou no dinheiro, e deu continuidade a uma guerra no casamento, guerra que já tinha começado em 2006, pela altura em que lhe morreu um cunhado.
Éramos informados e metidos ao barulho, mesmo sem querer, em assuntos que não eram nossos, constantemente! Já referi, até indiretas nos almoços. Não nos bastavam as nossas confusões, ainda tínhamos que aturar aquilo.
Sucede: se tinha arrumado o filho, desta feita livrou-se de vez de cozinhados e todas as outras canseiras que ao outro estorvo diziam respeito. Dava-lhe de comer uma vez por semana, ao domingo (porque nós íamos lá almoçar) e já era muito bom! (nas costas dos outros vejo as minhas, pensava eu; não queria esta pessoa como inimiga, pensava).E a pessoa conseguia assim realizar o seu propósito de vida: ter carta de condução, carro, ir ao ginásio, cabeleireiro, massagista, férias e tudo mais que lhe apetecesse, sem amarras.
E eu, com todas estas passagens, fui reconstruindo a imagem duma pessoa que afinal não conhecia, e não estava preparada para lidar com.
Fim do verão de 2007 recebo uma chamada da minha tia Fátima, para ver se quero trabalhar na sociedade de ferragens, onde ela trabalhava há quase 20 anos. Digo que sim, claro que sim. Era a minha oportunidade de vir para Braga trabalhar. E venho em Dezembro 2007 embora de Gondomar, começo oficialmente em 2008 a trabalhar nesta empresa.
Já pensava em procurar emprego em Braga há algum tempo, pois se continuasse em Gondomar era impossível pensar ter filhos: o Ricardo saia às 6h15 de casa e eu 6h30, só regressávamos pelas 19h00. Por todas as histórias que sabia da infância dele, não queria ter filhos até ter melhores condições, não os queria sujeitar à mesma sorte que o pai.
E é aqui que começa o relógio biológico a dar sinais que a hora se aproxima. O Ricardo embora demonstrando gosto e jeito com crianças, ouvindo as minhas intenções, nunca pressionou nem se manifestou sobre o assunto, tal como no casamento, deixava-se ir. (O Dinis está farto de me perguntar quando é que o pai me pediu em casamento, e eu enrolo, porque não pediu!!! Deixou-se ir pelo que eu queria, quando achei que era hora.
Tinha entrado no curso de Solicitadoria Noturno novamente no IPCA, há procura de novos conhecimentos e oportunidades, mas abandonei porque não conseguia conciliar trabalho, casa e estudo. Mais tarde, entro no mestrado em Direito Fiscal na UM e foi um calvário para terminar a parte curricular. Queria testar se conseguia entrar aqui na UM, sei lá, e como precisava fazer uma atualização a fundo (fiscalidade é seca, está sempre a mudar) e ao mesmo tempo conseguir a graduação, lá fui eu, isto já em 2009.
Os problemas com futebol mantinham-se nesse ano com amuos constantes, nenhum dos dois dava o braço a torcer. Estive muito perto de me separar por altura em que os Jacarés comemoraram o seu 31.º aniversário. Sei que era princípio do verão, talvez junho. O club organizou um evento em Vigo e lá foram para Vigo dois dias. O Ricardo não não dormiu lá, só foi um dia. Mas eu não queria que ele fosse, e a conotação de Vigo não me agradava. Não gostei!
Se tivesse que me separar, era naquela hora, sem filhos, era melhor que com... Cheguei a desabafar com esta pessoa, e comentei com ela que me apetecia deixá-lo. Estava farta de ser menos importante que o futebol.
Influenciada com o que se passava no casamento "de cima", havia dias que ele chegando primeiro a casa não tomava a iniciativa de ir cozinhar, eu também não! não arrumava, eu também não! afinal eu não casei para ser criada. Passava a roupa a ferro que me apetecia e a dele deixava ficar, se não me apetecesse passar nenhuma, ia comprar nova... e andava ali um turbilhão de emoções a dar cabo de mim, e dele.
Ia comentando com a minha mãe e ela sempre a dar-me na cabeça. Não entendia o meu problema com futebol (eu também não explicava muito) e cuidadora que era, não achava bem o que se passava com as refeições e tudo o resto: "deixa o rapaz", dizia-me. Uma vez disse-me : "Ó Daniela, não copies o mau, ele sempre teve um ar e uma voz tão tristes, não faças isso ao rapaz, deixa lá!"
Palavras sábias que me acalmaram nessa hora. Em novembro desse mesmo ano marquei consulta na ginecologista que tinha seguido a minha irmã na sua gravidez, para começar a fazer análises e exames para ver se estava tudo bem para poder engravidar. O Ricardo também fez algumas análises, as da praxe.
Tudo bem com análises e exames, começamos a tentar dar início uma nova fase no nosso casamento. Não sabíamos se ia demorar, se não, eu estava a fazer o mestrado, mas arrisquei pensando conseguir fazer tudo, sem nunca imaginar que uma gravidez altera muito o nosso dia a dia e disposição.
Em finais de janeiro de 2010, tenho amenorreia e tenho muita tensão nos peitos. Desconfiando que estava grávida, um domingo de tarde (creio ter sido domingo 24 de janeiro) vamos nós ansiosos comprar um teste de gravidez na farmácia. Dali fomos visitar a minha avó, que nesta altura ainda estava na sua casa. E foi na casa dela, que não conseguindo esperar mais fiz o teste. Deu positivo!!!!! Estava grávida. Não sei que sinais dei ao Ricardo, se mandei sms, se fiz sinais com os olhos, se lhe segredei, para que mais ninguém percebesse, para lhe dizer o resultado.
Saindo de casa da minha avó e em direção aos meus pais para jantar, o Ricardo liga para esta pessoa a contar-lhe. A primeira, depois de nós, a saber que eu estava grávida. Chegamos aos meus pais e a minha irmã, quando todos recebem a notícia, quer abrir uma garrafa de champanhe. A minha mãe, ponderada, não quer porque acha que é cedo. Mas lá abrimos a garrafa e comemoramos.
A pessoa, depois de saber da notícia da gravidez, só vem pessoalmente ter connosco na sexta-feira seguinte, já eu tinha ido fazer ecografia. Estava tudo bem, estava grávida de 6 semanas. Nada a apontar, dado os horários de trabalho que a pessoa tinha.
Nessa sexta-feira, entra pela porta da nossa cozinha e vê que temos a cozinha toda desarrumada, nem os restos da comida dos pratos tínhamos tirado. Eu cheia de sono e ele também, aliás às sextas-feiras era usual, já antes nos dávamos à preguiça, não só nesta altura. Fomos para o sofá ver TV e adormecemos. A pessoa vai até ao sofá e ajoelha-se ao pé de mim, e num tom muito delicado mas num tom de por os pontos nos i's diz-me: "Ó linda, gravidez não é doença"! e continua: "tens que continuar a fazer as tuas coisinhas! Sabes que até aos três meses não é nada certo, pode acontecer muita coisa."
E continuou, ainda: a filha (de não sei quem, uma colega de trabalho, sei lá) para levar a gravidez até ao fim teve que ficar na cama até aos 9 meses.
Perguntei a mim própria, o que é isto? Isto são votos que se façam? É esta a mensagem que me traz?
Assustou-se, penso eu, que me armasse em preguiçosa, que sobrecarregasse o filho com trabalhos domésticos para os quais rotinas tinha poucas, (de casa não trouxe nenhumas, mas dizer mal do menino, entrava-lhe a cem e saia a duzentos!!!) e que lhe calhassem trabalhos que não queria, porque era quem estava mais próxima de nós. Ainda há pouco se tinha livrado de canseiras, iam aparecer novas?
Só pensei: está a jogar à defesa. Mas alguém lhe pediu alguma coisa?
Nem quando mudámos para Celeirós veio ajudar. No dia que mudámos, como eu estava a cozinhar para mais pessoas, disse-lhe para jantar connosco, enfim. Eu fui criada à portuguesa, e como diz o fado: "se há porta (...) bate alguém, senta-se à mesa com a gente".
Tentei desvalorizar, as atitudes, mas não consegui.
Passou pouco mais de uma semana e começo a ter perdas de sangue. Ligo à ginecologista que me diz que com este tempo de gestação o mais provável é que vá terminar em aborto espontâneo. Diz-me que só resta esperar.
Estamos no domingo 7 de fevereiro de 2010 e estive nessa semana (desde que dia não sei ) a ter perdas de sangue. Não sei se tive dores, se tive não foi isso que mais me afetou e marcou (nem me lembro delas). O Ricardo chega do futebol e eu estou na cama, não me quero levantar, digo que não vou almoçar e ele vai chamar a pessoa para que me venha convencer a ir almoçar. Não saio da cama, continuo a perder sangue, vou até ao sofá de tarde, e só saio para ir jantar nos meus pais. Como almoçava na minha mãe durante a semana, estava com ela todos os dias, ela já sabia, a minha irmã, acho que também. Numa ida à casa de banho senti que qualquer coisa se desprendeu mas não consegui ver nada.
Incomodada com o acontecimento, fui para o hospital. Fui tratada friamente como se o que tinha acontecido fosse a coisa mais banal (para eles era, para mim não). O meu "bebé” já não existia, o útero já tinha expulsado "o produto" era assim que falavam. Confirmaram com ecografia e apenas me receitaram uma medicação para limpar e expulsar o "restos de material " que pudessem vir a causar infeção, e mandaram-me para casa. No dia seguinte fui trabalhar. Foi certamente depois das 23h00 que saí do Hospital, e no dia a seguir, com as emoções todas descontroladas, fui trabalhar. Não havia licença, nem baixa, nestes casos.
Quando recordava o que aquela pessoa veio dizer, recordava assim: desejo vivamente que faças os teus trabalhos domésticos, que não é mais que a tua obrigação; desejo vivamente que não te armes em coitadinha, isso é preguiça, gravidez não é doença; se precisares de uma criada nem penses que sou eu, só porque estou mais perto; aviso -te já que muitas gravidezes caem antes dos três meses, vai contando com isso, e outras chegam até ao fim se a grávida estiver até aos 9 meses na cama.
Ninguém vai a um casamento invocar o divórcio! Ninguém parabeniza outra pessoa pelo seu aniversário, invocando a morte. Por favor... falar em aborto!
Até chegar o meu Martim, muita coisa ainda aconteceu. Mais dois abortos, desta vez retidos, duas raspagens com anestesia geral (nome técnico curetagem) uma tentativa de ISCI com anestesia geral, o início de um processo de adopção (que por felicidade acabámos por não dar seguimento; veio o Martim) e 41 longos meses de tristeza, ira e ansiedade. Quando fiquei grávida do Martim, esta pessoa soube depois da minha família, na mesma hora que o, ainda, cônjuge, muito depois dos 3 meses de gestação.
Mas fica para o próximo post, tudo o que passamos até ele chegar, sendo certo que foi aqui, com estes votos, que começou o mal irremediável, seguido de outros, que a tal pessoa não sabe que fez. Como só é magoada, não magoa (na sua perspectiva ) nunca conseguiu, nem conseguirá remediar. Deixei de a querer por perto, deixei de confiar nela e duvido das suas intenções. Cada vez que ela se aproxima, acorda-me um diabo! (expressão da Carolina Deslandes, artista de quem adoro os poemas e sua escrita). Dei-lhe sinceras oportunidades para mudar o rumo, mas arrependi-me. O Ricardo foi logo na altura confrontado com esta repulsa, nunca lhe escondi... não podia fingir. Eu tinha que lhe dizer como me sentia.
A energia desta pessoa descontrola-me até aos dias de hoje. Ele nunca quis ouvir e refletir, não sabia como lidar com a situação, o que também foi prejudicial.
Por fim, ficam aqui algumas fotos da semana que passou. Despedi-me do Verão, mas também gosto do outono (embora já haja dias mais nublados e por isso difíceis). Gosto mais do sol. Os dias nublados entristecem-me e põem-me para baixo, mas gosto de castanhas e uvas e outras coisas relacionadas com o outono. Não gosto do horário de inverno que vai chegar.
Boa semana!!!!
E o Outono chegou
Fomos até Ribeira dos Prados fazer uma caminhada enquanto os miúdos davam umas voltinhas de bicicleta
Colheita no nosso quintal ( embora "desprezadito", lá vai dando )
Bisavô paterno (elemento da a árvore genealógica que quero construir para os meninos)
Mudando hábitos, e aproveitando o tempo para lavar a carro (a chuva estava para vir mas não faz mal)
Foi necessário recorrer a fotos os vídeos para me lembrar do que tinha acontecido no Batizado do Dinis, e defender-me de acusações que vieram a mostra-se falsas. Mostrei a verdade a quem importa! Como a foto é pequena vou referir o que estava escrito (referindo-me aos parentescos e não ao nome) na mesa com nome Rubble : avô, avó , bisavó, tia avó (o marido não foi), prima, namorado da prima, tia avó e namorado da tia avó.
Ouve troca de lugares, os intervenientes assim o decidiram, porque um casal de tios avós não compareceu, e só avisou no dia.
Foi sábado de virem cá os primos brincar, para que os pais possam ter um "date". Fizemos jogos de cartas e vídeo jogos, claro.
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